Reforma Tributária: o que muda e por que ela vai impactar o caixa da sua empresa
Olá Empresário!
A Reforma Tributária vai mudar profundamente a forma como as empresas brasileiras pagam e administram seus impostos.
Mesmo que você ainda seja um empreendedor iniciante, ou já experiente, é importante entender essas mudanças desde já — porque elas vão afetar o preço, o lucro e o dinheiro em caixa de praticamente todos os negócios.
O que muda com a Reforma Tributária
Hoje o Brasil tem uma mistura de tributos complicados: PIS, COFINS, ICMS, ISS e IPI, cada um com regras diferentes.
A reforma quer simplificar isso tudo, criando dois novos impostos principais:
CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) — administrada pelo governo federal
IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) — administrado pelos estados e municípios
Esses dois impostos funcionarão como um IVA (Imposto sobre Valor Agregado): ou seja, cada empresa paga apenas sobre o valor que adiciona ao produto ou serviço.
Haverá também o Imposto Seletivo (IS), cobrado sobre produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente (como cigarro e bebidas alcoólicas).
A transição começa em 2026 e deve ir até 2033, quando o novo sistema estará totalmente implantado.
Como será na prática
Atualmente, cada empresa paga tributos diferentes, dependendo do estado e do tipo de produto.
Com o novo modelo, a cobrança será única e igual em todo o país, e o imposto será destinado ao local onde o produto ou serviço for consumido — e não mais onde foi produzido.
As implicações mais importantes para o seu negócio
Abaixo estão os pontos que realmente vão mexer com o dia a dia das empresas — especialmente no fluxo de caixa e no aproveitamento de créditos fiscais.
1. Split Payment: imposto pago “na hora” e impacto no caixa
Uma das maiores mudanças é o Split Payment, ou “pagamento dividido”.
Funciona assim: Quando você emitir uma nota fiscal e receber o pagamento de uma venda, parte do valor será automaticamente separada e enviada ao governo para pagar os impostos (CBS e IBS).
Exemplo prático: Você vende um produto por R$ 1.000,00, e o imposto total é 25%.
O cliente paga os R$ 1.000,00, mas o sistema automaticamente envia R$ 250,00 para o governo e só R$ 750,00 chegam à sua conta bancária.
Ou seja:
O imposto é recolhido no momento da venda, e não depois.
A empresa não tem mais como usar esse dinheiro temporariamente (como muitas faziam hoje até o pagamento da guia).
Isso afeta diretamente o fluxo de caixa e o capital de giro.
Consequência direta: Empresas precisarão ter mais controle financeiro e mais reserva de caixa, porque a entrada de dinheiro líquido será menor em cada venda.
Solução prática:
Use o RealizaERP para simular o impacto do split payment nas vendas.
Reavalie prazos de pagamento e recebimento.
Reforce o planejamento de capital de giro, pois o imposto “adiantado” vai tirar dinheiro do caixa antes.
2. Créditos de Impostos: novas regras, novas oportunidades (e riscos)
A boa notícia é que a reforma cria um sistema de créditos tributários mais claro e mais justo.
Empresas poderão recuperar o imposto pago em etapas anteriores nas compras de insumos, mercadorias e serviços.
Mas há regras importantes que merecem atenção:
Você só poderá aproveitar créditos se as notas fiscais de compra estiverem corretas e com todas as informações exigidas.
O crédito será reconhecido de forma mais rápida e automática, mas ainda haverá critérios sobre o que pode ou não gerar crédito.
Serviços, energia, transportes e outros insumos ainda precisam ser detalhados pelo governo, então, é essencial acompanhar.
Exemplo prático: Se você compra um produto de R$ 1.000,00 com CBS/IBS de 25%, pagará R$ 1.250,00 ao fornecedor.
Mas esse valor de R$ 250,00 vira crédito tributário que você poderá abater quando fizer suas próprias vendas.
Consequência direta: Empresas que tiverem cadastros desatualizados, notas incorretas ou sistemas despreparados podem perder o direito ao crédito fiscal, o que aumenta o custo real do imposto.
Solução prática:
Revise os cadastros de fornecedores e produtos no seu sistema.
Garanta que todas as notas fiscais tenham CSTs e alíquotas corretas.
Use o RealizaERP para controle dos créditos e saldo de créditos recuperáveis.
3. Preços e margens podem mudar
Como o cálculo dos impostos vai mudar, os preços de venda e as margens de lucro também devem ser revisados.
Alguns setores podem pagar menos (como indústria exportadora), e outros podem pagar mais (como serviços).
Empresas que não fizerem esse ajuste podem acabar vendendo com margem errada, o que afeta diretamente o lucro.
Solução prática: Faça simulações no RealizaERP e consulte seu contador para entender o impacto da nova alíquota na sua operação.
4. Adequação dos sistemas e da emissão de notas
Os sistemas fiscais e contábeis precisarão estar 100% adaptados ao novo modelo de impostos.
Isso inclui:
Novos campos nas notas fiscais (CBS, IBS, IS).
Regras de crédito e débito.
Relatórios padronizados para o fisco.
Empresas que não atualizarem seus sistemas podem enfrentar erros na emissão, perda de créditos ou multas.
Solução prática: Use o RealizaERP pois ele já está atualizado e homologado para a nova legislação.
5. Capital de giro: o novo desafio
Com o Split Payment e as mudanças no recolhimento, o dinheiro em caixa diminui, mas os custos continuam os mesmos.
Isso exige:
Planejar melhor os prazos com fornecedores.
Antecipar recebíveis (com cuidado).
Controlar de perto o ciclo financeiro completo: compra → venda → recebimento → pagamento de tributos.
Empresas que não se prepararem para essa nova dinâmica podem enfrentar falta de caixa, mesmo vendendo bem.
O que você pode fazer agora
Converse com seu contador sobre o impacto da reforma no seu tipo de negócio.
Atualize seu cadastro de produtos, NCMs e clientes no RealizaERP.
Reveja suas margens e preços simulando o efeito das novas alíquotas.
Reforce o controle do fluxo de caixa, prevendo o desconto automático dos impostos.
Treine sua equipe sobre o novo modelo de faturamento e créditos fiscais.
Quando tudo isso começa?
| Ano | Etapa |
|---|---|
| 2026: | Início dos testes do CBS e IBS. |
| 2027 a 2028: | Redução gradual dos tributos antigos. |
| 2029 a 2032: | Aumento gradual do peso dos novos tributos. |
| 2033: | CBS e IBS substituem completamente PIS, COFINS, ICMS, ISS e IPI. |
Conclusão
A Reforma Tributária é inevitável, e trará mudanças profundas na forma como as empresas calculam preços, administram caixa e controlam impostos.
Os dois pontos mais sensíveis serão:
O impacto do Split Payment, que reduz o dinheiro disponível em caixa.
O controle rigoroso dos créditos de impostos, que pode reduzir (ou aumentar) muito o custo real do seu negócio.
Empresas que se prepararem com antecedência, usando sistemas atualizados e gestão financeira bem feita, sairão na frente.
O RealizaERP já está sendo adaptado para o novo modelo, com módulos específicos para CBS/IBS, controle de créditos e simulação de impacto no fluxo de caixa para ajudar os nossos clientes a passarem por essa transição com segurança.
Para mais informações, acesse nosso blog:
Blog Realiza Software – https://realizasoftware.com.br/blog
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